A vida de Murat é desbravar o mundo levando sua receita de kebab debaixo do braço. Natural da cidade turca de Ünye, no Mar Negro, ele já morou no Japão, no Peru e há nove anos está em Aracaju — lugar que, aliás, escolheu pela internet. Em todas as cidades, viveu e vive de seu kebab, cujo tempero não revela de jeito nenhum. “Se perguntam, eu digo: ‘tem alergia a alguma coisa?”, conta, rindo. No máximo, diz que usa coxão mole, contra filé e iogurte para amaciar a carne. Nascido na Turquia, mas conhecido no Brasil como churrasco grego, o kebab é uma das comidas de rua mais difundidas do mundo, e deve ser difícil achar um país onde não esteja presente. “É popular, rápido e barato”, diz Murat, conhecido como Turko. Estas finas fatias de carne sobrepostas num grande espeto e grelhadas são servidas em pão pita, que Murat faz artesanalmente para garantir a qualidade do produto final — trata-se de um casamento, pão e carne dependem um do outro. Para completar, seu indispensável “molho turco”, alface, repolho roxo, cebola e tomate. “Minha comida é internacional”, orgulha-se.