Apesar de ser paraense, Sulamita se sente uma verdadeira amazonense: “Vim de Belém para Manaus ainda adolescente. Tenho um enorme carinho por tudo que a cidade representa pra mim”. Hoje, casada e com quatro filhos, Sulamita trabalha como assistente social, atividade que exerce em paralelo a de tacacazeira. E afirma ter um orgulho sem igual das duas ocupações, mas é durante o preparo do tacacá que aproveita para refletir sobre a sua vida, seus problemas e buscar soluções. Todo este ritual começa com a compra dos ingredientes, no Mercado Municipal, onde é fiel aos seus fornecedores: o tucupi, por exemplo, só compra do Seu Neguinho: “O dele tem sempre o mesmo gosto, o mesmo tempero. A gente sabe o que está oferecendo aos clientes”. Os outros ingredientes do tacacá – o camarão, o jambu e a goma – também são selecionados com muita atenção e preocupação, prezando sempre a qualidade do produto