A brincadeira começou quando José, o Meu Lindo, foi desafiado por uma cliente alérgica a fazer um bolinho de acarajé sem frutos do mar. O vendedor, que gosta de um desafio, inventou então o acarasol, com carne de sol — e um portal se abriu para que criasse ainda o acaralagosta e o acarasiri, recheios super diferentes que criou mantendo as bases dos tradicionais, como pimenta, dendê e leite de coco. Autodidata e apaixonado por culinária, trabalhou em cozinhas nos Estados Unidos, até que voltou à terra natal e abriu a Budega do Meu Lindo, num trailer equipado no quintal da casa de um amigo. O sucesso foi grande e ele hoje está instalado na rua, em pleno agito de Porto de Galinhas. “Meu trailer é a Broadway da avenida, tem muita luz, e eu realmente me inspirei em Nova York”, conta. Ali, o acarasol é seu carro-chefe. Na cozinha de casa, inquieto, ele não para de fazer testes de novos recheios e bolinhos. “Mas vamos devagarzinho”, diz, receoso de incomodar demais os baianos, “donos” do quitute.