Angu da Lucinha

Rio de Janeiro

Quando desce a escadaria do sobrado centenário onde mora para montar sua barraca, Lucinha leva mais que panelas, conchas e outros apetrechos necessários à venda. Carrega a história, os saberes e a identidade de seus antepassados, da bisavó escrava, e as memórias de um Rio que luta para não vê-las apagadas. Na Pedra do Sal, perto de onde funcionou o maior mercado de escravos da cidade, Marilucia Luzia une passado e presente ao fazer o que chama de “comida de resistência”.Além de vender os caldos, Lucinha atua na Associação de Remanescentes do Quilombo da Pedra do Sal. “Queremos ocupar e fazer dessa região uma comunidade negra”. A parte que lhe cabe está ocupada com panelões cheios até a tampa de caldos deliciosos. Lucinha aprendeu a cozinhar ainda menina, com as mulheres da família, mãe, tias, avó.

Onde e Quando?

Rua São Francisco da Prainha, 51

Segunda-feira:
18:30 – 00:00

Fotos: Marcos Pinto/ Texto: Ines Garçoni