Kremas dos Haitianos

Rio de Janeiro

“As pessoas acham que o Haiti é só guerra e terremoto”, diz Bob, haitiano radicado no Brasil há duas décadas. Embora tenha sido um terremoto (o mais grave da história da ilha, em 2010, com cerca de 300 mil mortes) que o tenha trazido ao Rio com a família, depois de perder tudo no país caribenho, Bob se esforça (e consegue) para mostrar aos brasileiros um outro lado do país. Percussionista, faz shows de música e dança típicas com seu bloco, o “Terremoto Clandestino”, e vende nas ruas do Rio o drinque haitiano mais tradicional, o Kremas. À base de coco, cachaça, limão e leite condensado, a bebida é capaz de alegrar até os mais desenxabidos — se provar enquanto assiste ao show, é felicidade garantida. Da quebra da fruta até a venda das garrafinhas, tudo é feito com a ajuda de Junie, uma amiga haitiana a quem Bob chama carinhosamente de irmã. Juntos, sorridentes e simpáticos, vão as ruas munidos de seus Kremas e instrumentos. “A palavra triste não existe no meu vocabulário”, diz Bob.

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Fotos: Neto de Oliveira /Texto: Ines Garçoni