O ‘toque especial’ de Aline começa no acolhimento e receptividade. Doceira há 15 anos, Aline é filha de dona Suely, uma costureira que para aumentar a renda da família correu pro mercado da confecção de doces. Tudo começou na feira da Praça da República: Aline dormia embaixo da barraca acompanhando a mãe nos dias de feira. Desde o tempo no meio da comida de rua, ela já montou um salão de festas, comprou sua casa e uma Van, já olhando para os novos tempos da moda dos food trucks. Aline tem uma cozinha adaptada em casa e nos deu sinal verde caso quiséssemos rodar lá. Todo trabalho começa na sexta ainda durante o dia e atravessa a madrugada inteira. Às 4h, carregam todos os produtos em caixas grandes de isopor e se deslocam da Zona leste onde moram até o local da feira. Improvisaram um processo de refrigeração na barraca colocando bandejas de gelo por baixo do madeirite fino que sustenta os doces. Método interessante, rudimentar e eficaz. Na feira fazem sucesso e vendem tudo que produzem. Os bolos são de diversos sabores, inclusive “os modismos”, ‘nutela’, churros, ‘leite ninho’, ‘red velvet’, além de ameixa com doce de leite e por aí vai. Os pavês que podem ser misturados também saem bastante, mas o grande carro chefe é o pudim de leite.