Tapioca do Arnaldo

Rio de Janeiro

Arnaldo Ferreira de Melo, como todo nordestino pobre, do interior, foi criado na base da tapioca. Mas em Santa Quitéria, cidade de quase 50 mil habitantes no semiárido cearense, o menino, caçula de seis irmãos, comia a danada recheada de vento. “Era difícil ver coco lá na região, e não é costume botar queijo de coalho”, conta. Calabresa, como as que ele hoje vende nas ruas do Flamengo, nem pensar. “Carne era só no fim de semana. Nos outros dias, tome arroz com feijão e, de manhã, tapioca”. A mandioca era plantada pela família e a goma saía da casa de farinha. “Hoje o pessoal do interior não quer mais tapioca. Em compensação, faz bastante sucesso na cidade grande”, observa.Arnaldo tinha dezoito anos quando chegou ao Rio, em 1994, e se impressionou com a quantidade de fãs da “bichinha”. “Na época, eu estava doente e não podia trabalhar de carteira assinada, por isso fui para a rua fazer um dinheirinho”. Veio do Nordeste para curar uma hepatite. O tratamento o impedia de trabalhar já que as consultas médicas eram frequentes, e o jeito foi se engajar num negócio de horário flexível. “Quando me curei, já tinha minha freguesia. Desde então estou aqui, há quinze anos”.

Onde e Quando?

Botafogo e Flamengo

Segunda-feira a Sexta-feira:
19:00 – 03:00

Contato

Telefone: (21) 99184-6263

Fotos: Marcos Pinto/ Texto: Ines Garçoni